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Notícias


20/6/2014
As 7 melhores empresas para começar a carreira em 2014


São Paulo - Desde janeiro, um grupo de 90 universitários tomou conta de diversos departamentos da fabricante de cosméticos Avon, na zona sul de São Paulo. Eles devem ficar ali por dois anos - período em que passarão por até 120 horas de treinamento. No restante do tempo, os jovens vão se dividir entre um projeto individual e o dia a dia em alguma das atividades da companhia. Tanto para eles como para a Avon, trata-se de algo absolutamente novo. De maneira pouco organizada, a contratação de estagiários sempre foi a única porta de entrada de jovens profissionais na companhia. Mas, até o ano passado, cada área contratava como e quando queria e também decidia livremente a que eles dedicariam tempo­. Agora todos passam por uma seleção rigorosa, com provas online e presenciais, e enfrentam um cronograma de atividades tão intenso quanto o exigido num programa de trainee. A meta é que parte desses jovens ajude a abastecer os 140 principais cargos executivos da empresa - entre gerentes, diretores e vice-presidentes - nos próximos 15 anos. "Decidimos investir nos estagiá­rios porque acreditamos que eles conseguirão absorver nossa cultura mais facilmente", diz Alessandra Ginante, vice-presidente de recursos humanos da Avon no Brasil. "Se conseguirmos reter seis deles por ano na próxima década, o programa já terá sido pago." Assim como a Avon, outras grandes empresas passaram a dar a seus programas de estágio o mesmo status que os de trainee. Segundo dados de quatro consultorias especializadas, o número de programas e de vagas para estagiários cresceu quase 200% desde 2009. "Antes os programas de estágio eram uma espécie de primo pobre dos de trainee", diz Maíra Habimorad, presidente da Cia de Talentos, consultoria especializada na seleção e no treinamento de jovens profissionais. "Hoje são considerados tão ou mais estratégicos para as grandes empresas." Algumas razões explicam a mudança. Uma delas é a percepção de que recrutados com menos experiência tendem a se adaptar mais facilmente à empresa. "Ao contrário do que acontece com os trainees, os estagiários chegam com menos expectativas dentro da empresa e também são menos disputados no mercado", diz Iracema Andrade, diretora da consultoria Viva Talentos. "Por isso eles tendem a ser mais fiéis." A segunda razão - e não menos importante, sobretudo num momento em que a criação de novas vagas nas empresas tende a diminuir - é que os estagiários custam menos. "Os programas em si exigem um investimento parecido. Mas as bolsas pagas aos estagiários equivalem a um quinto do salário dos trainees", afirma Manoela Costa, gerente executiva da consultoria Page Talent. Além disso, no caso dos universitários, há menos encargos trabalhistas - o que encarece bastante a contratação de trainees. No cômputo geral, o custo de um trainee pode chegar a ser até dez vezes maior do que o de um estagiário. Enquanto as vagas para estagiário se multiplicaram, as de trainee encolheram 4,5% em 2013. Há casos extremos, como o da siderúrgica ArcelorMittal, que trocou um modelo pelo outro. Em 2010, a companhia encerrou o programa de trainee. Desde então, centrou esforços no programa de estágio - nos últimos dois anos, já recrutou 89 jovens na sede, em Belo Horizonte. "Concluímos que o custo-benefício de manter estagiários é melhor", diz Ricardo Garcia, vice-presidente de recursos humanos da ArcelorMittal Brasil. Desde 2012, 41% dos estagiários foram contratados - 64% dos quais continuam na empresa. Segundo Garcia, é uma taxa superior à dos tempos de trainee. Todo o ritual usado para recrutar e capacitar os trainees foi adaptado para os estagiários. Além de uma seleção e de um treinamento caprichados, parte fundamental para que um programa dê bons resultados é garantir que o trabalho do estagiário se torne relevante. Só assim é possível acelerar a formação de cada um deles e, ao mesmo tempo, mantê-los estimulados. A empresa de engenharia Promon, que recruta universitários desde os anos 60, incorporou essa medida em 2010. Desde então, eles participam de dois projetos - um em grupo e outro individual - com o objetivo de resolver problemas específicos. A melhor solução é eleita por uma banca de diretores a cada ano. Recentemente, um estagiário conseguiu reduzir metade dos custos com a compra de licença de um soft­ware usado para projetos de obras. Nos últimos cinco anos, 90% dos estagiários da Promon foram efetivados. A fabricante de peças industriais Eaton, que criou um programa com duração de dois anos em 2013, faz o mesmo. "Quase todos os projetos saem do papel", diz Rodrigo Ronzella, diretor de RH da Eaton para a América do Sul. Algumas empresas decidiram usar o programa de estágio como uma espécie de preparação para o programa de trainee. A integração entre os dois faz parte dos planos da Avon, por exemplo. Com a conclusão da primeira turma de estagiários, os 20% melhores vão compor a primeira equipe de trainees da companhia. "Até lá, tanto eles como nós saberemos se existe uma compatibilidade de expectativas das duas partes, o que aumenta as chances de retenção", afirma Alessandra, vice-presidente de RH da Avon. Para suprir a demanda por gente mais experiente em sua linha sucessória, a rede de locadoras de automóveis Localiza, com sede em Belo Horizonte, formulou o projeto Jovens Líderes em 2013, um ano depois de montar a primeira turma de seu programa de estágio, que recrutou 44 universitários. Para participar, os candidatos precisam ter concluído a faculdade dois anos antes e já ter experiência em gestão de equipe em outras empresas. "Precisávamos de resultados rápidos para acompanhar o crescimento da companhia", diz Daltro Leite, diretor de RH da Localiza. De 2011 para cá, a empresa abriu 495 novas vagas em meio a uma fase de expansão. Nesse período, as vendas cresceram, em média, 11% ao ano e chegaram a 3,5 bilhões de reais em 2013. No futuro, a ideia é que ex-estagiários possam se candidatar ao programa para veteranos. E, quando isso acontecer, será a melhor evidência de que os planos da Localiza deram certo. Fonte: http://exame.abril.com.br/revista-exame/edicoes/106702/noticias/mais-novos-e-mais-fieis


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